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Elohim

Sempre tive um carinho grande e um sentimento de reverência pela religiosidade alheia.

Sempre entendi a relação com a divindade como sendo uma relação muito pessoal. Como a pessoa sente, como ela entende seu papel no mundo, como ela percebe os caminhos e decisões que a levam a Deus... ou deuses, que cada um vive a adora como quer.

A forma como muitos encaram a morte e os problemas, a fé que motiva a enfrentar as dificuldades materiais, físicas e até as limitações mentais. Tudo sendo superado com a força de um sentimento de certeza e fé pelo ser humano e por algo acima da natureza.

Eu não me preocupo com Deus.
Releia, eu não disse que não creio - e poderia não crer, se assim meu aprouvesse. Eu disse que não me preocupo,

Se penso Deus como um ser Onipotente, Onisciente, Onipresente, uma entidade cósmica criadora e mantenedora, racional, lógica, acima de todo o processo de criação do universo, eu falo de um ser - se é que posso usar esse termo - tão acima da escala humana que eu não poderia compreendê-lo.

Numa simples analogia, uma criança em processo de alfabetização não consegue conceber o que se passa pela cabeça e pelas experiências de um pesquisador de pós-doutorado na área  de astrofísica. Assim somos nós perante a minha concepção pessoal de divindade.

Não levanto tratados, não quero a exegese bíblica ou de qualquer livro sagrado, não quero a criação de eleitos que interpretam e ditam caminhos, que outros seguem como ovelhas sem vontade.

Queria simplesmente que parássemos de de gastar vidas, gerações, recursos e tempo em discutir sobre o que um Deus que não vemos e não tocamos quer. Queria que olhássemos para o lado e tentássemos entender que dividimos todos um único planeta e que conviver em mais harmonia, com mais respeito, com mais dignidade agradaria a qualquer divindade, onde quer que ela estivesse...

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