Pular para o conteúdo principal

Agbalá - um lugar continente

Eu ouvi vozes de um passado esquecido. Dizendo coisas que eu não percebia saber ainda.

Eu senti os gritos que foram cantados, musicados, silenciados.
Eu me molhei numa chuva que veio da tristeza do céu, mas emanava de mãos amadas.
Eu ri da coragem da menina que engoliu o leão, mas só queria quebrar coquinho..

Eu vi a mim mesmo, seguindo histórias únicas sobre os outros e sobre mim.
Eu me sentei aos pés de pretos velhos, contadores de histórias anciãos e sonhei com um outro mundo.

Eu embarquei nos navios, tumbeiros, negreiros, mortais e fui jogado no cativeiro.

Não pense, não hesite, não duvide.

Simplesmente vá assistir essa apresentação dos Contadores de Histórias. 
Uma experiência visual, envolvente, primorosa nos detalhes e no carinho com que foi feita.

Falar sobre as Áfricas nunca é fácil, afinal como não cair nos estereótipos, nos lugares-comuns ou como traduzir para nossa cultura o riso, o significado, as expressões do outro lado do Mar Oceano?
Como lidar com os empedimentos e preconceitos? Que mutilam e jogam no esquecimento tanta riqueza de vida?

Meu abraço a todos, mas em especial, meu carinho a Laura Delgado, Fabrício Conde, Fabrícia Valle e Beatriz Nascimento por um cuidado com os detalhes, músicas, sons que fez tudo ser muito mais especial.

Vamos? Próximo fim de semana ainda tem mais!



Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

As Lendas (Las Leyendas)

Novamente a Netflix agrada e me surpreende. As Lendas (Las Leyendas) é uma animação de produção mexicana do Estúdio Ánima em acordo com a Netflix que foi lançado aqui essa semana. Novamente comecei  a ver sem pretensões e antes mesmo de acabar uma série já me ponho a escrever sobre ela. A animação e seus personagens são baseados numa trilogia de animação mexicana:   La leyenda de la Nahuala (A Lenda de Nahuala) ,  La leyenda de la Llorona (A Lenda da Chorona) e   La leyenda de las momias de Guanajuato (A lenda das múmias de Guanajuato).  A série animada na Netflix porém, é mais "globalizada", apresentando lendas japonesas, gregas, chinesas, nórdicas, cristãs, alemãs, russas, judaicas e mexicanas. A produção é excelente, ficando a frente de muita produção de animação americana e os personagens são cativantes: Leo , um garoto que consegue ver espíritos; Don Andres , um fantasma de um cavaleiro (eu vi como uma menção maldosa a Don Quixote); Teodor...

Eu vejo gente morta

Ainda na onda dos vinte anos (1999 - 2000) achei por bem falar de mais um filme excelente! Nosso recado de sempre! O Sexto Sentido Num período que ninguém contava o final da história na internet as surpresas e reviravoltas ( plot twists ) marcavam quem ia ao cinema, esse filme deixou sua marca. Temos duas histórias paralelas no filme. De um lado o psicólogo infantil Malcolm Crowe que numa noite romântica com sua esposa foi alvejado com um tiro por um ex-paciente instável. Após isso e durante todo filme percebe-se como aquele evento o afastou de sua esposa. Do outro lado temos um garoto Cole Sear , com problemas de socialização e instável emocionalmente, que começa a ser atendido por Malcolm. O garoto se mostra profundamente reticente com o psicólogo e este se dedica cada vez mais a ajudá-lo ao mesmo tempo que pensa como resolver seus problemas conjugais. Cole e Malcolm se ajudam mutuamente e criam uma relação que equilibra a ambos. No meio do filme Cole revela q...

Essa pilha de livros que não nos deixa...

"Um leitor vive mil vidas antes de morrer, o homem que nunca lê vive apenas uma". (G.R.R. Martin) Todo leitor apaixonado tem pequenas dores.  A gente sofre quando lê histórias envolventes, sofre por perceber que nunca vai ler tudo que gostaria e por ver a pilha de livros para ler crescer a cada dia. Algumas vezes, se organizar é o único caminho. Esse mês resolvi por planejar algumas leituras e diversificar um pouco.  A lista de Fevereiro segue abaixo: Sapiens: Uma breve história da humanidade - Yuval Noah Harari " O livro aborda a História da Humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana na  idade da pedra , até o século XXI. Seu principal argumento é que o  Homo sapiens  domina o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em largo número e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que não  existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais  como  deuses ,...