Abra Sozinho

Um conto de fadas num filme . Uma pequena história sem pretenções, uma apologia ao que nos faz humanos. Conhecemos a misteriosa histó ria da jovem Adaline, com 27 anos sofre um acidente que lhe deixa com uma desejada habilidade: nã o envelhecer e viver eternamente. Ela passou todo o sé culo XX mudando de identidade e de casa para se proteger e a sua ú nica filha, com quem manté m contatos perió dicos. Sua casa é uma elegia de seu passado, sua relação mais duradoura é com uma amiga cega, com quem pode conversar sobre coisas mais antigas sem levantar suspeitas. Ao conhecer um pos sív el amor, sua identidade e seu passado estão ameaçados. Um filme simples, mas que ainda assim permite alguns longos pensamentos... Viver eternamente, perder todos que conhece, ver o mundo mudar e perder seus referenciais, nao poder viver relacionamentos. Viver eternamente seria triste? Saber que vamos morrer e o que nos define como humanos? Enfim, um conto de fadas, uma história divertida, uma sessã

Copérnico publicou, em agonia, o livro que fundou a astronomia moderna.  Três séculos antes, os cientistas árabes Muhayad al-Urdi e Nasir al-Tusi tinham gerado teoremas que foram importantes no desenvolvimento dessa obra . Copérnico usou-os, mas não os citou. A Europa via o mundo olhando-se no espelho. Além dela, o nada. As três invenções que tornaram possível o Renascimento, a bússola, a pólvora e a imprensa, vinham da China. Os babilônios tinham anunciado Pitágoras com mil e quinhentos anos de antecipação.  Muitos antes que qualquer um, os hindus tinham sabido que a terra era redonda e haviam calculado a idade dela. E muito mais que ninguém, os maias haviam conhecido as estrelas, os olhos da noite, e os mistérios do tempo. Esses detalhes não eram dignos de atenção. (Do Livro: Espelhos - uma história quase universal de Eduardo Galeano)