A Astronomia sempre me fascinou. A sensação de reverência, de pequenez que tenho perante a grandiosidade do que existe a nossa volta sempre me afetou.
As estrelas no céu noturno, a força e a beleza de uma lua cheia, a palidez de uma lua nova e a luz crepuscular de um eclipse... Minha infância foi marcada pela passagem do Cometa Halley, talvez a primeira vez que ouvi e li sobre o Sistema Solar.
Eu cresci e a percepção do quanto ainda queria aprender cresceu comigo. As noções de tempo e espaço ao buscar entender as distâncias cosmológicas, a grande questão das origens do Universo, os calendários, as marcações de tempo, as influências dos astros sobre a vida na terra, o Telescópio Hubble e a ampliação do conhecimento de planetas e galáxias.
A fantasia me acompanhou e a ficção científica foi uma forma de sonhar com o que eu nunca iria conhecer: naves espaciais, a descoberta de vida fora da Terra, a superação das distâncias quase infinitas entre galáxias, o futuro de uma humanidade que conhecerá e terá o "espaço, a fronteira final" como seu lar.
Talvez por ter essa alma lunática, essa mente que sonha com o passado, o espaço, os buracos negros e a matéria escura eu tenha me apaixonado por Star Trek, Dr. Who, Cosmos (suas duas versões), Battle Star Galactica, Macross, Stargate, 2001 e os livros de Isaac Asimov, Arthur C. Clarke e Carl Sagan.
Esse ano faz 40 anos da missão Voyager.
Lançadas em 1977, duas sondas para exploração, coleta de dados e registros sobre o Sistema Solar. Uma delas está hoje a mais de 17 bilhões de quilômetros da Terra, a criação humana que mais longe foi de nossa terra, de nossa casa.
Esses caras maravilhosos do Alô, Ciência fizeram o podcast do dia 28 de Setembro sobre a Voyager e sua missão. Incrivelmente, nunca pensei que eu choraria tanto ouvindo um podcast de ciência.
Mas como não me emocionar? Como falar de Astronomia e Universo sem ser poético? Como não perceber que tudo que somos, tudo que podemos ser está contido numa curta fração de tempo, num canto restrito de uma galáxia dentre outras trilhões...
Fui obrigado a buscar mais uma vez essa pérola, o "Pálido ponto azul" de Carl Sagan dublado por Guilherme Briggs (a pessoa mais legal dessa Terra). Fica aí pra você que já conhece ou ainda não viu:
Uma pena ter nascido cedo demais para viver a exploração espacial...
Comentários
Postar um comentário