Eu escolhi ser professor.
Embora isso possa parecer óbvio, em nossa cultura, em nosso contexto de vida brasileiro, isso tem que ser dito de forma clara para si mesmo e para os próprios colegas do ramo da educação.
Escolhi passar horas em casa estudando e preparando melhores formas de uma aula acontecer. Horas tentando entender a vida humana nesse planeta e outras horas mais corrigindo avaliações.
Escolhi uma profissão que me permite conhecer as mudanças das gerações, que me permite conhecer vidas e realidades diferentes, que me permite plantar ideias ou despertar potenciais.
Mas ao ver a imagem abaixo, só consegui lembrar que apesar de todos os ideais que possa vir a defender, a instituição escolar, em geral, é mais um espaço de fortalecimento da subserviência, do autoritarismo e do teatro social, tão fortes em nossa cultura..
Ao ler cada item, fiz perguntas a mim mesmo:
1. Como professor, eu sempre me posiciono como dono da verdade? Eu abro a possibilidade de trocar conhecimentos diferentes com meus alunos? Minha configuração de sala de aula é sempre a mesma?
2. Com qual conceito de inteligência eu trabalho? O que eu valorizo nas habilidades dos meus alunos?
3. Eu reconheço as diferenças entre as pessoas? Eu entendo o comportamento fora do padrão? Eu percebo pq o aluno aceita ou não as normas escolares?
4. Como eu lido com a crítica? A divergência? O Contraditório em sala de aula? O que eu estimulo: o pensamento livre ou o movimento de rebanho?
5. Eu ensino a aprender? Eu mostro onde encontrar a informação? Eu ajudo a desenvolver o pensamento?
Desculpa...
Sou assim, sempre tenho mais perguntas que respostas para minha vida.
:)
Parabéns pela sua lucidez, qualidade tão rara no dias de hoje
ResponderExcluirEdson, grato pela mensagem e pelo elogio. Embora não me veja tão lúcido, considero uma qualidade que devo buscar. Abraços
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